foto: ALPHA ONE MEDIA / CHRISTOPHER REEVES
Astrid Madrigal é uma piloto de 24 anos de Chihuahua, no México, que abriu caminho no cenário nacional em seu país natal e na América Latina, mostrando seu talento e ganhando uma vaga de wildcard no WorldSSP300 em 2023, antes de entrar no grid para a temporada inaugural do WorldWCR. Inspirada por ícones esportivos como Ayrton Senna e Serena Williams, Madrigal quer criar caminhos para que mais jovens pilotos do sexo feminino como ela, do México e das Américas, cheguem ao cenário mundial.
Astrid descreve suas primeiras memórias de moto…
“Minha primeira memória é com meu pai e eu na minha primeira moto de motocross. Minha primeira mota foi uma PW50 em uma pista de supercross. Bati e não queria mais continuar na moto, mas então meu pai ajudou-me, deu-me um beijo e continuamos.
Tinha seis anos a primeira vez que subi numa mota. Com mais ou menos oito anos, comecei a competir. Meu pai sempre teve motas em casa, então era algo muito normal para mim.”
Crescendo no México para se juntar ao cenário mundial
Seguindo os passos de seu pai, que competiu em corridas de Superbike no México, Madrigal continuou seu desenvolvimento inicial pilotando supercross, melhorando sua técnica e velocidade. Aos 13 anos, ela entrou no campeonato nacional de Superbike do México e de lá avançou consistentemente para se tornar campeã latino-americana, campeã ibero-americana e campeã pan-americana. Em 2023, correu na série ESBK Supersport 300 na Espanha e no WorldSBK Aragon Round tornou-se a primeira mulher latino-americana a correr no campeonato WorldSSP300. Este ano, ela pretende terminar no Top 5 do WorldWCR.
Mudando para perseguir seu sonho
Quando jovem, Madrigal se mudou de sua Chihuahua natal para a Cidade do México para se concentrar em melhorar suas habilidades de pilotagem e perseguir o sonho de se tornar uma piloto profissional. Inicialmente incentivada por seu pai, ela desenvolveu sua habilidade de corrida para o nível de elite sob a tutela do diretor da ITALIKA Racing, Jorge Perez. Ela também participou do programa Road to MotoGP™.
Mulheres no motociclismo
Madrigal tem feito campanha para promover o envolvimento de pilotos profissionais femininas no México por muitos anos. Ela está, portanto, encantada que o WorldWCR tenha se tornado uma realidade e que ela faça parte deste novo capítulo nas corridas. “Tenho feito o trabalho de promover as motas no México e na América Latina por muitos anos”, disse ela. “Ajudei muitas meninas a realizar seus sonhos e pude ajudá-las a melhorar dentro e fora do circuito. Então, sinto que fiz parte disso, fazendo barulho para ajudar a tornar o Campeonato Mundial feminino possível.” Não apenas isso; ela também tem muito orgulho de ser embaixadora da FIM na América Latina e representar o México e a América Latina no cenário mundial.
A história por trás do piloto
Madrigal diz que assistir a nomes como Valentino Rossi, Casey Stoner, Jorge Lorenzo e Marc Marquez em ação, estudando seus estilos de pilotagem e técnicas na moto, teve um grande impacto em seu desenvolvimento. Agora ela está gostando de explorar o mundo das corridas fora de seu país natal e lista Portimão e MotorLand Aragon como suas pistas favoritas, graças às suas emocionantes mudanças de elevação.
Dona de um cachorro e amante de animais
Embora as corridas sejam sua paixão, também ama animais. Além de ser a orgulhosa dona de um pug chamado Patrick, Madrigal está envolvida em uma fundação que cuida de cães vadios, melhorando sua saúde e bem-estar. A instalação que ajudou a montar agora abriga mais de 300 cães. Também cuida de coelhos em sua casa, com uma colónia de 25 coelhos vivendo em sua propriedade.
Quais são seus outros hobbies? “Adoro escalada e desportos aquáticos.”
Qual é seu atleta favorito? “Para mim, mesmo que ele não esteja mais aqui é Ayrton Senna. Também gosto muito de Michael Jordan.”
Quem é seu piloto favorito? “Marc Márquez por sua disciplina e esforço.”
Quem é a atleta feminina que mais te inspira? “Serena Williams”
Por que escolheu motociclismo em vez de outros desportos? “Sempre assisti MotoGP com meu pai e foi algo que sempre chamou minha atenção.”
Como os seus amigos e familiares reagiram quando você mencionou seu interesse por corridas? “No começo, eles ficaram surpreendidos. Gostar de motociclismo surpreende algumas pessoas e, como mulher, você já pode imaginar as reações malucas. É interessante pensar naquela época.”
Que conselho você daria para as jovens que aspiram competir no mais alto nível em corrida? “Continuem trabalhar e tenham objetivos claros. Acima de tudo, divirta-se e aproveite o processo.”